Vamos voltar no tempo. Em 1701 (faz tempo!!), Serro era habitado por índios, que o chamavam de “Ivituruí” – cujo significado é “Serro Frio”. Também se descobriu jazidas de ouro e muita gente foi atraída pela abundância da r egião. Em 1714, a movimentada “Lavras Velhas” é elevada a “Vila do Príncipe”. A região passa a ter um superintendente, o sargento-mor Lourenço Carlos Mascarenhas, devido à exploração desordenada que estava ocorrendo em Serro. Foi descoberta lavra de diamante também, o que gerou, a exemplo de Diamantina, muito contrabando e corrupção. Toda a ganância resultou na escassez das minas e, após 100 anos de exploração, muitos mineradores viraram agricultores e viram suas vidas dificultadas pela má posição geográfica da vila. Em 1838 a vila vira cidade, passa a desenvolver o comércio e se torna importante em questões políticas e econômicas. Porém, devido à sua má localização e acesso dificultado, permanece isolada dos grandes centros urbanos. Atualmente, graças a esse isolamento, Serro tem muitos casarões conservados, vive da criação do gado, da fabricação do Queijo do Serro e do turismo.
Monumentos Históricos:
Casa do Barão de Diamantina: Pertenceu ao Barão Francisco José de Vasconcellos Lessa. Hoje é a Escola Estadual Ministro Edmundo Lins.
Casa dos Otoni: Construída no século XVIII, ao antigo oficial da Casa de Fundição da Vila do Príncipe, Manuel Vieira Otoni. Possui documentos da antiga Câmara do Serro e foi tombada pelo IPHAN em 1950.
Casa de Pedro Lessa: Antiga residência do jurista e ministro. Virou pousada e hoje é um Museu.
Chácara do Barão do Serro: Pertenceu a José Joaquim Ferreira Rabelo, Barão do Serro em 1879. Construída na segunda metade do século XIX.
Casa de João Pinheiro: Político que se projetou ainda no começo da República, chegando a ser Presidente do Estado. Hoje a casa é Sede da Casa da Cultura.
Sobrado da Prefeitura Municipal: Segundo boatos, a casa teria sido construída para receber D. Pedro II , mas esta visita nunca ocorreu realmente.
Casa de Fundição do Ouro: A atual Casa de Caridade Santa Tereza foi fundada em 1720 e servia para fundir e quintar o ouro, além de cunhar as moedas que circulavam na região.
Capela São Miguel: Situada em local privilegiado, de onde pode se ver o Pico do Itambé, é a capela do cemitério local. O sino de sua torre servia (e serve) para anunciar os sepultamentos da cidade.
Casa do General Carneiro: Restaurada pelo IPHAN recentem ente, é a casa onde nasceu Antônio Ernesto Gomes Carneiro que, mais tarde, se tornou o general do exército brasileiro conhecido como “Herói da Lapa”.
Matriz de Nossa Senhora da Conceição: Primeira capela da antiga Vila do Príncipe é dedicada a Santo Antônio. Muito influenciada pela Igreja de São Francisco de Assis, de Ouro Preto.
Igreja do Senhor Bom Jesus do Matozinhos: O pátio da igreja é situado em uma plataforma. Não se tem registro da data certa de sua construção.
Capela de Nossa Senhora do Rosário: Em 1759 abrigava as reuniões da Irmandade do Rosário dos Pretos. Sedia a Festa do Rosário , rituais religiosos, danças do folclore negro e espetáculos de congada, todos os anos.
Capela de Santa Rita: Cartão Postal de Serro, está localizada em um dos pon tos mais altos da cidade.
Atrativos Naturais
Cachoeira do Carijó: Fica na estrada que liga Milho Verde e São Gonçalo ao Serro, tem um poço grande de águas calmas.
Cachoeira do Moinho: na estrada para o Serro, tem duas grandes quedas que formam o Rio Jequitinhonha.
Artesanato
Cestas, peneiras, panelas, tapetes e objetos de cerâmica são os artesanatos típicos de Serro. Mas a grande atração é o Queijo do Serro, dizem os produtores que quem experimenta uma vez, quer comer sempre.
Informações Turísticas – (38) 3541-1368
Curiosidade importante!!!Serro foi a primeira cidade brasileira a ser tombada pelo IPHAN, pelo seu acervo arquitetônico e paisagístico, em 08 de abril de 1938. É muita riqueza cultural para ser presenciada, conservada e preservada!!
Quando ir!
O clima típico de montanha faz um verão de dias quentes e noites frescas. O fenômeno típico da região deno minado “Corrubiana” gera um nevoeiro denso, trazendo frio, ventos fortes e uma linda visão. A cidade é tranqüila na maior parte do tempo, mas em época de feriados e datas especiais fica mais agitada. As “boleratas”, onde as bandas de serenatas tocam nas sacadas dos sobrados e o público dança nas ruas alegram moradores e turistas. É uma adaptação da “vesperata”, de Diamantina. A Festa do Divino e a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos são festas que ocorrem desde o século XVIII, com certeza uma riqueza cultural para ser apreciada pelos seus visitantes.
Onde comer!
Comida mineira, lugares simples, mas aconchegantes. Há poucas opções na cidade e os preços são acessíveis.
Restaurante Vila do Príncipe – (38) 3541-1030Restaurante e Bar Zé de Lindolfo – (38) 3541-1633 Restaurantes Itacolomi – (38) 3541-1227
Onde ficar!
Pousada Matriz – (38) 3541-1591 Pousada Mariana – (38) 3541-1569 Hospedaria Ares do Serro – (38) 3541-1203 Pousada do Serro Frio – (38) 3541-1487 Pousada Vila do Príncipe – (38) 3541-1485
Por Polyana Ivie Agnello Bocalon
quinta-feira, 19 de junho de 2008
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