segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Diamantina, MG

As jazidas de ouro descobertas na região do Serro atraíram os exploradores do “Arraial do Tijuco” (fundado em 1713). As jazidas de diamantes por lá encontradas deram início à história do Distrito Diamantino, e assim começou a mineração e a coleta de impostos, já notificados pela Coroa Portuguesa. D. João VI instituiu o monopólio particular na extração da pedra e, tanto os contratadores, autorizados a minerar com até seiscentos escravos quanto os Intendentes, estes responsáveis por regular e fiscalizar a extração nas lavras, envolveram-se com corrupção e contrabandos.

Diamantina (nome recebido em 1831) passou por uma fase de decadência na segunda met ade do século XIX, devido ao esgotamento das jazidas. No início do século XX, a indústria têxtil passou a ser a melhor opção econômica. Diamantina também é a cidade onde nasceram Chica da Silva e Juscelino Kubitschek.

Monumentos Históricos

Igreja São Francisco de Assis: Suas obras levaram seis anos para serem concluídas. Diferente das outras igrejas tem posição de destaque. Uma curiosidade é o teto, onde os irmãos aparecem com cara de ratos, graças à falta de pagamento ao pintor José Soares de Araújo.
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: O largo desta igreja abriga um dos dois chafarizes remanescentes do século XVIII. Foi construída por volta do ano de 1728, por negros pertencentes a uma irmandade.
Basílica do Sagrado Coração de Jesus: De estilo neogótico, em seu interior há vitrais coloridos vindos da França. Sua construção foi concluída em 1889.
Catedral Metropolitana de Santo Antônio: Construída entre 1933 e 1940, é atual matriz de Diamantina.
Igreja Nosso Senhor do Bonfim: Militares pertencentes ao regimento do Tijuco bancaram esta construção de 1771.
Igreja Nossa Senhora das Mercês: Levou oito anos para ficar pronta devido a divergências entre os financiadores. Foi iniciada por negros da Irmandade do Rosário.
Igreja Nossa Senhora do Carmo: O destaque fica para a talha esculpida por Francisco Antonio Lisboa (homônimo de Aleijadinho) e Manoel Pinto.
Igreja da Luz: Resultado de uma promessa feita durante o terremoto que destruiu Lisboa, em 1755.
Capela Imperial do Amparo: Após a Independência do Brasil ganhou o nome de “Imperial”. Ela sedia a tão conhecida Festa do Divino, que ocorre geralmente nos meses de maio/junho.


Monumentos Civis

Mercado dos Tropeiros: Ponto de descarregamento e venda de mercadorias dos comerciantes e mineradores. Foi construído por Joaquim Cassimiro Lages em 1835.
Casa de Juscelino Kubitschek: casa onde o ex-presidente da república passou sua infância. Atualmente são expostos fotografias, textos e violões que ele usava nas serestas as quais participava.
Casa do Padre Rolim (Museu do Diamante): moradia de um dos principais articuladores da Inconfidência Mineira, o Padre Rolim. Em 1945, após pertencer a particulares, tornou-se Museu do Diamante. Muitos dos seus objetos foram roubados, e até hoje, nunca encontrados.
Casa do Fórum: Foi construído no século XVIII, já foi a casa do primeiro bispo de Diamantina, logo depois virou Câmara Municipal e hoje funciona como Fórum
Casa do Muxarabiê: atual Biblioteca Pública Antônio Torres, em homenagem ao escritor e jornalista nascido na cidade, é o único sobrado que tem um muxarabiê, detalhe arquitetônico com influência árabe. Ele servia para as moças verem o movimento das ruas sem serem percebidas pelos transeuntes...
Casa de Chica da Silva: Sede da 16ª sub-regional do
IPHAN, entre 1763 e 1771 moraram o contratador João Fernandes de Oliveira e sua amante Chica da Silva. Foi demolida e só sua fachada foi reconstruída em1951.
Rua do Burgalhau: consiste nas primeiras casas construídas no inicial Arraial do Tijuco.
Casa da Intendência: a Prefeitura atualmente era a Intendência dos Diamantes, construída por iniciativa do Governo Imperial. Em 1950 foi restaurada pelo IPHAN.


Atrativos Naturais

Gruta do Salitre: Um verdadeiro cânion, formado por paredes de até 80 metros de altura... As fendas das rochas levam às grutas subterrâneas, de até 15 m de profundidade. Além de toda esta beleza, alguns concertos são realizados no local. Precisa mais?!
Cachoeira do Toca: É a mais próxima da cidade e a melhor para famílias com crianças, pois sua queda de 15m forma uma piscina natural ideal para banho. Também possui serviço de bar e restaurante
Cachoeira dos Cristais:
Também com piscina natural. É composta por duas quedas d’água, de dois metros cada uma.
Cachoeira da Sentinela: Fica no caminho para Biribiri, é uma pequena queda d’água que é transformada pelos turistas e moradores em verdadeiras praias de banho.
Pico do Itambé: Suas águas têm a mesma cor escura das águas encontradas nas cachoeiras da Chapada Diamantina (BA). Pode-se nadar, tomar apenas uma ducha, e a caminhada para a cachoeira é uma ótima maneira de ir aquecendo, apesar de não ser muito longe.


Outras atrações

Biribiri: Conjunto de casas construído no final do século XIX, onde se instalou a Companhia Industrial de Estamparia. Hoje em dia, a vila pertence à família Mascarenhas. Foi cenário de filmes como Chica da Silva, de Cacá Diegues. A região é hoje um Parque Estadual de Preservação Ambiental. Vale a pena conhecer. Pode-se alugar as casas para temporada e existem dois bares que servem refeições caprichadas. Fica a 15km de Diamantina..
Caminho dos Escravos: Para saber qual era o caminho percorrido pelos escravos antigamente, faça este passeio. É uma antiga via de acesso que ligava Tijuco a Medanha e era usada para o escoamento dos Diamantes.
Curralinho: Distrito com pequenos bares e restaurantes. Também há hospedagens. A 1km da gruta do Salitre e a 10 de Diamantina, sua atração principal é o lago construído no século XX por uma empresa de diamantes, que também serviu de cenário para o filme Chica da Silva.Artesanato
Cerâmica, tapetes arraiolos, pedras semipreciosas e cristais de rocha, bonecos e flores de palha


Informações Turísticas – (38) 3531-2972

Curiosidade importante!!!A cidade de Diamantina foi tombada pela UNESCO como Monumento Cultural da Humanidade em dezembro de 1999!


Quando ir!
Nas férias e feriados prolongados, a cidade vira uma festa, tanto as batucadas do carnaval como as “Vesperatas”, que são um belo espetáculo, alegram os moradores e turistas todos os anos. Para quem prefere sossego, visite Diamantina nos finais de semana sem feriados, pois é possível conhecer todos os seus pontos turísticos sem tanta agitação. No inverno, faz sol e as cachoeiras ficam mais geladas, mas a estrada fica em melhor condição, pois não costuma chover. No verão, as cachoeiras ficam mais cheias, a temperatura da água, mais alta e as estradas, piores por causa da chuva em maior quantidade.

Onde comer!
A comida mineira é encontrada em quase todos os restaurantes da cidade. Há também pizzarias e lanchonetes, entre outros.
Restaurante Caipirão – (38) 3531-1526Trattoria La Dolce Vita – (38) 3531-8485Gruapiara Bar e Restaurante – (38) 3531-3887Restaurante do Raimundo Sem Braço – (38) 3531-2284Restaurante Cantina do Marinho – (38) 3531-2284

Onde ficar!
Nas épocas de Festival de Inverno e carnaval, por exemplo, os preços das pousadas costumam subir, mas normalmente elas têm preços acessíveis. Uma outra opção é ficar em Curralinho ou Biribiri, onde as casas possuem cama, geladeira e fogão. Deve-se levar toalha de banho e utensílios de cozinha, caso opte por cozinhar.
Pousada do Garimpo – (38) 3531-2297Diamante Palace Hotel – (38) 3531-1561Dalia Hotel – (38) 3531-1477Pousada Castelinho – (38) 3531-1667Hotel Montanhas de Minas – (38) 3531-3240
Em Curralinho – Pousada do Tropeiro: (38) 9106-0002Em Biribiri – Contatos: Francisca Mascarenhas (31) 3362-2624 / Sr. Antônio: (38) 9971-0597

Fotos: www.diamantina.com.br

Por Polyana Ivie Agnello Bocalon

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