Balonismo é hoje considerado um esporte e ganha muitos adeptos

No dia 8 de Agosto de 1709, o Padre Bartolomeu de Gusmão, nascido em 1685 na Vila de Santos, São Paulo, entrou para a história por ter promovido o primeiro vôo da engenharia humana.
Como todos sabemos, todas as pessoas de personalidade complexa, que enxergam muito além de seu tempo, sofrem as naturais conseqüências de qualquer ser excepcional. Mas, com coragem, Padre Gusmão apresentou sua “máquina de voar” perante D. João V, a Rainha D. Maria Anad e Hadsburgo e outros personagens. Era sua terceira tentativa, e para surpresa de todos, o balão ergue-se devagar, e só caiu quando a chama apagou. O rei ficou muito impressionado e concedeu a Gusmão o direito de toda e qualquer nave voadora desde então.
Padre Bartolomeu de Gusmão faleceu em 19 de Novembro de 1729 em Toledo, Espanha, sendo considerado o “Pai da Aerostação”.
Sua realização precedeu-se mais tarde pelos irmãos Montgolfier, que voaram em um balão de ar quente em 1783. Eles foram os primeiros balonistas da história, usando pela primeira vez hidrogênio no lugar de ar quente.

O brasileiro Augusto Severo de Albuquerque pilotou o balão Bartolomeu de Gusmão sobre Realengo, também no Rio de Janeiro, em 1894. Em 1902 chegou a 400 m de altitude com seu balão PAX.
Os balões só voltaram em 1960 com novas técnicas e tecnologias que afastavam os riscos de incêndio. Hoje é um esporte seguro, praticado por pessoas do mundo inteiro.
Associação Brasileira de Balonismo
Em julho de 1987 foi realizado o 1º Encontro Brasileiro de Balonismo em Casa Branca, São Paulo. Em 19 de dezembro do mesmo ano foi fundada a ABB (Associação Brasileira de Balonismo), com sede em São Paulo.
Do que se constitui um balão?
Envelope: é o tecido que envolve o ar dentro dos balões. Ele resiste a temperaturas superiores a 120 C e oferece uma extraordinária resistência ao calor, raios ultra-violeta e umidade. A vida útil dos balões chega, hoje, a 700h de vôo, e novos tecidos estão sempre sendo desenvolvidos, cada vez com mais tecnologia.
Maçarico: é o motor do balão. São feitos de aço inoxidável e possuem duas mangueiras que se conectam ao cilindro de gás. Quando o balão está em ascensão, a temperatura da coroa (topo) é de aproximadamente 100 C.
Ventoinha: serve para inflar o balão com ar frio. Para empurrar o ar frio de maneira mais rápida e eficiente para dentro do envelope, dispõe de um quadro metálico onde é fixado um motor de 3,5 HP a 13 HP, alimentado à gasolina, este serve para girar uma hélice que tornará possível o processo.
Cesto: esse é o mais conhecido. Serve para levar os “passageiros”, é chamado também de Gôndola. O material utilizado para sua fabricação é o vime (junco), devido a sua beleza, durabilidade e leveza, além da grande absorção de impactos para piloto e passageiro. Nesta fabricação também é usado cabos de aço e tubos de alumínio, para sustentar o cilindro, o maçarico, e claro, as pessoas!
Cilindro: são aqueles tubinhos de gás que ficam em volta do cesto. Geralmente são utilizados 4, mas a quantidade depende do tamanho do cesto e do interesse do piloto. Quanto mais cilindros ele puder levar, mais autonomia ele terá. São de alumínio, aço inox ou titânio, e é importante serem leves para não comprometer à relação de carga a ser levada no balão.

O Festival, principalmente em Torres, RS, é uma competição de aeróstatos, com diversas modalidades de provas, onde concorrem balonistas do Brasil inteiro e também do exterior.
Fique esperto: os “shows” acontecem sempre no início da manhã e no final da tarde, sempre na data e local marcados com antecedência pelos organizadores do evento.
Agora que você já sabe mais sobre os balões, que tal curtir um dia assistindo de perto a beleza destas bolhinhas? Se tem medo de altura, não se preocupe. O show pode ser visto com os pés no chão. Se adora uma aventura, por que não curtir o passeio dentro de um deles?
Algumas cidades onde praticar o balonismo: Barra Bonita (SP), Boituva (SP), Torres (RS), Piracicaba (SP), Carrancas (MG)
Fotos:www.balonismo.com.br / www.abb.org.br
Por Polyana Ivie Agnello Bocalon
Nenhum comentário:
Postar um comentário